um espaço afinal de partilha de ideias e sonhos, textos e afins, enfins que visam fazer contra-corrente por um mundo melhor... os ideais não colocam pão na mesa, mas se assumidos fazem a diferença em redor. fluir simplesmente e amar ferozmente o mundo.

terça-feira, junho 20, 2006

LABIRINTOS de SONHO

The Fantasy Within Collection by Lorlei
Entrecruzam-se em mim
Labirintos de sonho,
Teorias do que serei
Realidades que nunca tocarei
Esperanças fugazes
De um amanhã distante,
Sorrisos de um talvez
Anjos de asas cortadas
Sombras de luz dúbia, inquietante
Luas camufladas
Gritos de eco baço, irritante
Quases de coisa nenhuma.
L.





sexta-feira, junho 09, 2006

Confissão

Somos
o caos inconfundível
de uma juventude
que trilha um caminho de inquietude

Somos
um povo vazio
que não tem nada
senão recordações
de uma vida passada
Somos
uma juventude
perdida e destruída
uma juventude
sem rumo na vida

Sim... somos os caos , a inquietude e não temos rumo certo na vida; porque esquecemos que a beleza da Alma é mais cativante que a do corpo, porque não reparamos que o Bem é o belo tornado acção, porque não vimos que a delicadeza é um requinte da beleza e que ela se manifesta na cortesia do convívio com os outros, porque esquecemos que a pureza é irmã da alegria e que esta é o sinal da beleza interior.
Mas por mais terrível que uma situação possa parecer, nunca é tarde demais para uma Esperança; é preciso que todos nós sejamos unidos e conscientes dos nossos deveres, escolhamos um caminho com rumo certo e que esse rumo seja a expansão de uma nova aurora para as nossas vidas; porque em nós está a possibilidade de termos amanhã um novo Mundo, cheio de paz e amor, e, para isso basta lembrar tudo o que esquecemos, quando corriamos loucamente para o caos e para a inquietude.

Amílcar António da Costa (1973)


Nota: este texto foi escrito em 1973, quando o autor tinha 20 anos e era um nobre louco, acreditando e lutando por um mundo melhor. seu filho herdou essa mensagem e vai tentando segui-la e partilhá-la...

pensamento na manhã dispersa


gregory colbert, direitos reservados



Se o chão me acolhe devagar, caminho então por essa outra estrada imaterial que se chamas tu: sonho, em mim. Não pergunto como estás, não sei exactamente se quando digo «casa» tu ouves «casa», mas tanto importa. Ambos sabemos, em essência, o que pensamos sobre isso e o que Deus teria como definição, se acaso perguntasse. Entra, ouve, senta-te aqui, de frente para o mistério, onde podes olhá-lo quase tranquilamente, como a um bom irmão.
L.